segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Não ao ato médico!

Excelentíssimo(a) Sr(a). Deputado(a) Federal,

O projeto de lei do Ato Médico (PL nº 7.703/2006), na forma aprovada pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP), pela Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJC) e pela Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), acaba com o direito da população de ter livre acesso aos serviços dos profissionais da saúde. Esse Projeto de Lei transforma os profissionais da saúde em técnicos dos médicos. Ele estabelece que, somente após o diagnóstico nosológico (da doença) e da prescrição terapêutica feita pelo médico, a população poderá ser atendida pelos profissionais da saúde.

Se aprovado, os médicos terão o direito de prescrever os tratamentos em áreas que eles não possuem treinamento e competência como: psicologia, enfermagem, nutrição, fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, educação física, farmácia, biomedicina, medicina veterinária, odontologia, serviço social, ciências biológicas.

Anualmente, o SUS realiza mais de um bilhão de consultas médicas, as quais geram meio bilhão de exames a um custo anual de dezenas de bilhões de reais. Apesar dessa cobertura e de sermos uma população jovem, temos 50 milhões de portadores de doenças crônicas e ainda vivemos uma década a menos do que poderíamos.

Três em cada quatro brasileiros dependem do SUS para ter acesso aos serviços de saúde. No entanto, a maioria dos 3 milhões de profissionais da saúde está desempregada e os que trabalham são mal remunerados. Portanto, a baixa eficiência e os alarmantes custos do Sistema de Saúde do Brasil devem ser atribuídos aos elevados custos dos exames e dos medicamentos que alimentam uma indústria da doença.

No Brasil, os médicos compõem apenas 344 mil dos 3 milhões de profissionais da saúde. A solução para os graves problemas de saúde do país depende do respeito aos profissionais da saúde e da garantia para a população do livre acesso aos seus serviços. No lugar de alimentar a indústria da doença, precisamos valorizar os serviços dos profissionais da saúde e disponibilizá-los aos cidadãos, como determina a Constituição Federal.

Assim, além de violentar os direitos de 3 milhões de profissionais da saúde, esse Projeto de Lei coloca em risco a saúde da população, ao delegar aos médicos o exercício de atos privativos para os quais eles não possuem treinamento.

Em especial, solicitamos que o PL 7.703/2006 seja rejeitado na íntegra para que a Câmara dos Deputados possa analisar a matéria com o cuidado necessário, de forma a garantir o amplo debate democrático que o tema requer.

domingo, 11 de outubro de 2009

Ecologia


Ecologia é um nível superior de pensamento, onde tudo está relacionado com tudo, inclusive com as soluções. Como ciência do ínter-relacionamento homem/natureza, ela não pode ser vista apenas como o estudo do meio físico, pois de suas pesquisas e análises depende a compreensão da harmonia entre o homem e o ambiente.

quinta-feira, 4 de junho de 2009


Noticia para ser comemorada

Fonte: http://vista- se.com.br/ site/

A Comissão de Educação e Cultura aprovou há pouco proposta que proíbe o uso
de animais em circos no Brasil. A proposta foi aprovada nos termos do substitutivo da Comissão de Meio Ambiente. O projeto original do Senado (7291/06) exigia apenas o registro de animais no Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O texto aprovado, no
entanto, proíbe o uso de animais em circos.

O relatório do deputado Antônio Carlos Biffi (PT-MS), aprovado pela Comissão
de Educação, prevê ainda prazo de transição de seis anos para os circos
retirarem os animais de suas apresentações. O texto permite que espetáculos
como rodeios e vaquejadas continuem utilizando animais.

O projeto ainda precisa ser analisado pela Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania e pelo plenário da Câmara. O deputado João Matos
(PMDB-SC) avisou que vai tentar incluir na proposta permissão para os circos
usarem ao menos animais domésticos em suas apresentações.

Íntegra da proposta:


<http://www2. camara.gov. br/internet/ proposicoes/ chamadaExterna. html?link= http://www.camara. gov.br/internet/ sileg/Prop_ Detalhe.asp? id=329678> -PL-7291/2006Via <http://www.anda. jor.br/noticiaDe talhe.php? idNoticia= 3852> ANDA

terça-feira, 2 de junho de 2009


Não é somente um voto... São vidas que serão salvas pelo seu voto

O projeto de lei que proíbe o uso de animais em circos será votada nesta 4ª feira


O problema não é ser contra ou a favor, nosso maior problema é não sabermos porque somos contra ou a favor. É não saber que estes animais são torturados para nos divertir. Eu pergunto: Qual a diversão que vemos na tortura? Um animal não merece ser tratado com dignidade?
Os melhores e mais apreciados circos não dependem da escravidão nem da tortura de nenhum animal, circo é arte e a arte nos liberta.
O CIRQUE DU SOLEIL , por exemplo, emprega somente artistas humanos e busca cada dia mais a capacitação destes.
Esta é a verdadeira arte, o ser humano “racional” desenvolver suas
habilidades e empregá-las em espetáculos artísticos, não a vergonhosa
captura (ou criação) de animais selvagens submetendo-os a trabalhos
escravos que vão contra toda a sua natureza.

Outro fator importante a ser relevado é a crueldade cometida contra estes animais para condicioná-los a exercer a função determinada pelo homem.

O especialista em comportamento animal Jairo Motta, que treina animais para propagandas, deu um depoimento ao Diário Popular do dia 16 de abril de 2000, onde explicou que os circos adestram os animais pelo método descoberto pelo cientista russo Ivan Pavlov, morto em 1936: o condicionamento através da dor (Fonte: Instituto Nina Rosa).
Este condicionamento, este adestramento, realizado através da dor, sim, do sofrimento de um animal, que prazer vemos nisso?

Que população, que país é este que se diverte à custa da dor do outro?
Você pode até pensar: O Elefante... ele parece feliz dançando.
Mas não... aquele balançar todo é um comportamento que chamamos stress de cativeiro. Se pensarmos que um elefante em seu habitat caminha uns 40km por dia... e num circo vive toda sua vida acorrentado, posso dizer com toda a certeza que ele não é feliz e menos ainda esta dançando.

Animais que são cegados por bitucas de cigarros, que tem suas garras arrancadas, seus dentes lixados... não são felizes. Pois é, parece coisa de outro mundo, mas acontece... E aconteceu, muitos animais foram resgatados em situações até piores na região de Ribeirão Preto (SP), estes animais foram salvos e levados para o Bosque Zôo Municipal Fabio Barreto em Ribeirão Preto e hoje vivem com mais dignidade. Quem visitar o bosque conhece estes animais e ainda fica sabendo de suas historias.

Bem, eu posso contar também que tudo isso não é apenas um blá blá blá de mais um ecochato, ou seja lá como vocês chamam. Tudo isso é real esta ai pra quem quiser ver.
Por isso meus caros amigos, exerçam seu poder de voto, de cidadãos e vamos acabar com essa crueldade. Manifestem sua opinião aos nossos deputados e peçam a APROVAÇÃO DO SUBSTITUTIVO DO PL 7291/06.

Seus endereços estão abaixo.

DEPUTADOS MEMBROS DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

Titulares:

dep.alexcanziani@ camara.gov. br, dep.angelovanhoni@ camara.gov. br,
dep.antoniocarlosbi ffi@camara. gov.br, dep.belmesquita@ camara.gov. br,
dep.carlosabicail@ camara.gov. br, dep.fatimabezerra@ camara.gov. br,
dep.gastaovieira@ camara.gov. br, dep.iranbarbosa@ camara.gov. br,
dep.joaomatos@ camara.gov. br, dep.joaquimbeltrao@ camara.gov. br,
dep.lelocoimbra@ camara.gov. br, dep.mariadorosario@ camara.gov. br,
dep.neiltonmulim@ camara.gov. br, dep.osvaldobiolchi@ camara.gov. br,
dep.professorsetimo @camara.gov. br, dep.raulhenry@ camara.gov. br,
dep.reginaldolopes@ camara.gov. br, dep.clovisfecury@ camara.gov. br,
dep.jorginhomaluly@ camara.gov. br, dep.joseanibal@ camara.gov. br,
dep.lobbeneto@ camara.gov. br, dep.nilmarruiz@ camara.gov. br,
dep.pintoitamaraty@ camara.gov. br, dep.rogeriomarinho@ camara.gov. br,
dep.aliceportugal@ camara.gov. br, dep.ariostoholanda@ camara.gov. br,
dep.atilalira@ camara.gov. br, dep.eniobacci@ camara.gov. br,
dep.paulorubemsanti gao@camara. gov.br, dep.wilsonpicler@ camara.gov. br,
dep.marcosantonio@ camara.gov. br

Suplentes:

dep.angelaportela@ camara.gov. br, dep.chicoabreu@ camara.gov. br,
dep.elismarprado@ camara.gov. br, dep.emilianojose@ camara.gov. br,
dep.eudesxavier@ camara.gov. br, dep.fernandonascime nto@camara. gov.br,
dep.geraldoresende@ camara.gov. br, dep.joselinhares@ camara.gov. br,
dep.marceloalmeida@ camara.gov. br, dep.maurobenevides@ camara.gov. br,
dep.osmarserraglio@ camara.gov. br, dep.pedrowilson@ camara.gov. br,
dep.robertoalves@ camara.gov. br, dep.rodrigorochalou res@camara. gov.br,
dep.eduardobarbosa@ camara.gov. br, dep.josemaiafilho@ camara.gov. br,
dep.liramaia@ camara.gov. br, dep.luizcarlossetim @camara.gov. br,
dep.narciorodrigues @camara.gov. br, dep.paulomagalhaes@ camara.gov. br,
dep.professorruypau letti@camara. gov.br,
dep.professoraraque lteixeira@ camara.gov. br,
dep.raimundogomesde matos@camara. gov.br, dep.drubiali@ camara.gov. br,
dep.lidicedamata@ camara.gov. br, dep.luizaerundina@ camara.gov. br,
dep.severianoalves@ camara.gov. br,
dep.josefernandoapa recidodeoliveira @camara.gov. br,
dep.marceloortiz@ camara.gov. br

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Filhote de gambá é torturado até a morte por alunos de Medicina Veterinaria

Por Fernanda Franco

Dois alunos do primeiro período do curso de Medicina Veterinária, da Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) de Juiz de Fora (MG), estão sendo acusados de violência e crueldade contra um filhote de gambá, após chutarem, agredirem e torturarem o animal vivo.

Na tarde do dia 19 de maio, alguns alunos estudavam no laboratório de anatomia veterinária quando observaram o animal passar a alguns metros de distância, em seu habitat natural (a universidade está localizada em meio a uma grande área verde).

Testemunhas afirmaram que os dois rapazes, Hellan Pimentel Alves Oliveira e
Aldo Faria, deixaram o laboratório, pegaram o pequeno animal e começaram a
agredi-lo com violência, dando chutes que elevavam o filhote de gambá a cerca de três metros de altura. Não satisfeitos, os agressores apedrejaram o animal até que ele não pudesse mais se locomover. Segundo os relatos, o gambazinho, quase morto, ainda tentou se arrastar para o meio da mata. O filhote morreu, mas o seu corpo não foi encontrado.

Vários alunos da universidade presenciaram o crime e o que mais surpreende a
todos é o fato de os agressores serem alunos do curso de Medicina Veterinária - supostamente o lugar onde deveriam estar os profissionais que zelam pela saúde e bem-estar dos animais.

A redação da ANDA ouviu o coordenador do curso, Carlos Henrique, que afirma
ter sido aberta uma comissão interna de inquérito para averiguar o crime.
Ele garantiu que estão sendo feitas as devidas investigações para que sejam tomadas, rapidamente, as providências cabíveis.

De acordo com a Lei de Crimes Ambientais, nº 9.605, a crueldade cometida
pelos dois rapazes pode ser punida com multa e detenção. A pena nesses casos
é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.


Já bastasse a notícia por si só ser horrível, mas partir de estudantes de
Veterinária é um disparate sem precedentes. Que mundo é esse? Aos mineiros
resta guardar os nomes dos estudantes para evitar, a todo custo, que algum
examine seu animal de estimação.

Na Psiquiatria tal procedimento “tem nome, telefone e endereço”

http://www.anda. jor.br/noticiaDe talhe.php? idNoticia= 3704

quarta-feira, 20 de maio de 2009


Bastidores da gripe suína


A gripe suína e o monstruoso poder da grande indústria pecuária
Por Mike Davis**

A gripe suína mexicana, uma aberração genética provavelmente concebida no lodo fecal de um chiqueiro industrial, subitamente ameaça o mundo inteiro com uma febre. Os casos na América do Norte revelam uma infecção que está viajando em maior velocidade do que o último foco oficial de pandemia, a gripe de Hong Kong, em 1968.

Roubando o protagonismo de nosso último assassino oficial (o vírus H5N1), este representa uma ameaça de magnitude desconhecida. Parece menos letal que o Sars (Síndrome Respiratória Aguda Severa, na sigla em inglês) em 2003, mas, como gripe, pode ser mais duradouro.

Uma vez que as domesticadas gripes estacionárias do tipo A matam nada menos que um milhão de pessoas por ano, um modesto incremento de força, especialmente se vier combinado com uma elevada incidência, poderia produzir uma carnificina equivalente a uma guerra de grande dimensão.

No entanto, uma de suas primeiras vítimas foi a fé consoladora e firmemente predicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de que havia a possibilidade de se conter as pandemias com respostas imediatas e independentes das burocracias sanitárias e da qualidade dos serviços de saúde pública locais.

Desde as primeiras mortes por H5N1, em 1997, em Hong Kong, a OMS, com o apoio da maioria das administrações nacionais na área da saúde, promoveu uma estratégia centrada na identificação e no isolamento de um foco pandêmico em seu local de aparecimento, seguidos de um uso massivo de antivirais e, se disponíveis, vacinas à população.

Uma legião de céticos criticou esse enfoque de contra-insurgê ncia viral, assimalando que os micróbios podem, agora, voar ao redor do mundo - quase literalmente no caso da gripe aviária - muito mais rapidamente do que a OMS ou os funcionários locais possam reagir ao aparecimento original. Tais especialistas observaram, também, o caráter primitivo, e frequentemente inexistente, da vigilância da conexão entre as doenças humanas e animais.

Sem preparo

O mito de uma intervenção audaz, preventiva (e barata) contra a gripe aviária resultou valiosíssimo para a causa dos países ricos que, como os EUA e o Reino Unido, preferem investir em suas próprias "linhas Maginot" (sistema de fortificações construídas pela França ao longo de suas fronteiras com a Alemanha e a Itália, após a Primeira Guerra Mundial) biológicas a incrementar drasticamente a ajuda às frentes epidêmicas avançadas de ultramar.

Tal mito tampouco teve preço para as grandes transnacionais farmacêuticas, que enfrentam uma guerra sem quartel com os países em desenvolvimento empenhados em exigir a produção pública de antivirais genéricos chave, como o Tamiflu, patenteado pela Roche.

A versão da OMS e dos centros de controle de doenças - de que já estamos preparados para uma pandemia, sem maior necessidade de novos investimentos massivos em vigilância, infra-estrutura científica e regulatória, saúde pública básica e acesso global a fármacos vitais - será, agora, posta à prova pela gripe suína. Não é improvável que o sistema de alertas falhe, visto que ele, simplesmente, não existe. Nem sequer na América do Norte ou na União Européia.

Talvez não seja surpreendente que o México careça tanto de capacidade quanto de vontade política para lidar com enfermidades avícolas e pecuárias, mas acontece que a situação é só um pouco melhor ao norte da fronteira, onde a vigilância de desfaz em um infeliz mosaico de jurisdições estatais e as grandes empresas pecuárias enfrentam as regulações sanitárias com o mesmo desprezo com que costumam tratar os trabalhadores e os animais.

Prognóstico antigo

Analogamente, uma década inteira de advertências dos cientistas fracassou em garantir transferências de sofisticada tecnologia viral experimental aos países situados na rotas pandêmicas mais prováveis. O México conta com especialistas sanitários de reputação mundial, mas tem que enviar amostras a um laboratório de Winnipeg, no Canadá, para decifrar seu genoma. Assim, perde-se toda uma semana.

Mas ninguém estava menos alerta que as autoridades de controle de enfermidades em Atlanta, nos EUA. De acordo com o Washington Post, o CDC (Centro de Controle de Enfermidades, em inglês), radicado em Atlanta, não se deu conta do aparecimento do vírus até seis dias depois que o México tinha começado a impôr medidas de urgência.

Não há desculpa aceitável. O paradoxal da gripe suína é que, mesmo que totalmente inesperada, ela já havia sido prognosticada com grande precisão. Há seis anos, a revista "Science" publicou uma matéria que punha em evidência que, "depois de anos de estabilidade, o vírus da gripe suína da América do Norte deu um salto evolutivo vertiginoso" .

Desde sua identificação durante a Grande Depressão, o vírus H1N1 da gripe suína somente havia experimentado um leve desvio no seu genoma original. Depois, em 1998, um foco da doença começou a dizimar porcas em uma fazenda da Carolina do Norte, nos EUA, e versões mais novas e violentas passaram a surgir a cada ano, incluída uma variação do H1N1 que continha os genes internos do H3N2 (causador da outra gripe de tipo A que se contagia entre humanos).

Os investigadores entrevistados pela Science se mostravam preocupados com a possibilidade de que um desses híbridos pudesse se converter em um vírus de gripe humana - acredita-se que as pandemias de 1957 e 1968 foram causados por genes avícolas e humanos misturados no interior de porcos -, e defendiam a criação, com urgência, de um sistema oficial de vigilância para a gripe suína. Advertência, inútil dizer, que encontrou ouvidos surdos de Washington, mais disposto, na época, a jogar milhares de milhões de dólares pelo esgoto das fantasias bioterroristas.

Indústria petroquímica

O que provocou tal aceleração da evolução da gripe suína? Faz muito tempo que os virólogos estão convencidos de que o sistema de agricultura intensiva da China meridional é o principal vetor da mutação gripal: tanto do "desvio" estacionário, quanto do episódico "intercâmbio" genômico.

Mas as corporações da produção pecuária romperam o monopólio natural da China sobre a evolução da gripe. O setor se transformou, nestas últimas décadas, em algo que se parece mais com a indústria petroquímica do que com o feliz sitio familiar que pintam os livros escolares.

Em 1965, por exemplo, havia nos EUA 53 milhões de porcos, divididos em mais de um milhão de propriedades rurais. Hoje, 65 milhões destes animais se concentram em 65 mil instalações. Isso significou passar dos antiquados chiqueiros a gigantescos infernos fecais, onde - entre esterco e sob um calor sufocante, prontos a intercambiar agentes patógenos à velocidade do raio - se amontoam dezenas de milhares de animais com sistemas de imunização mais que debilitados.

Em 2008, uma comissão convocada pelo Pew Research Center publicou um relatório sobre a "produção animal em fazendas industriais" , onde se destacava o perigo agudo de que "a contínua circulação de vírus característica de enormes varas ou rebanhos incremente as oportunidades de aparição de novos vírus por meio de mutação ou recombinação, episódios que poderiam gerar vírus mais eficientes na transmissão entre humanos".

A comissão alertou também que o uso promíscuo de antibióticos nos grandes estabelecimentos de criação de porcos estava propiciando o auge de infecções por estafilococos resistentes, enquanto os dejetos residuais causavam o surgimento de Escherichia coli e pfiesteria (o protozoário que matou um bilhão de peixes nos estuários da Carolina do Norte e contagiou dezenas de pescadores).

Obstrução das investigações

Qualquer melhora na ecologia desse novo agente patógeno teria que enfrentar o poder monstruoso dos grandes conglomerados empresariais avícolas e pecuários, como o Smithfield Farms (suínos e bovinos) e o Tyson (avícola). A comissão denunciou uma obstrução sistemática de suas investigações por parte das grandes empresas, incluídas algumas ameaças nada recatadas de cortar o financiamento dos investigadores que cooperassem com a comissão.

Trata-se de uma indústria muito globalizada e com influências políticas. Assim como o gigante avícola Charoen Pokphand, radicado em Bangcok, na Tailândia, foi capaz de desbaratar as investigações sobre seu papel na propagação da gripe aviária no sudeste asiático, o mais provável é que a epidemiologia forense que buscará as causas do surgimento da gripe suína enfrente a muralha de pedra da indústria da carne de porco.

Isso não quer dizer que nunca encontraremos provas: já corre o rumor, na imprensa mexicana, de um epicentro da gripe situado em torno de uma gigantesca filial da Smithfield no estado de Veracruz.

No entanto, o mais importante - sobretudo, pela ameaça persistente do vírus H5N1 - é a floresta, não as árvores: a fracassada estratégia anti-pandêmica da OMS, a progressiva deterioração da saúde pública mundial, a mordaça aplicada pelas grandes transnacionais farmacêuticas aos medicamentos vitais e a catástrofe planetária que é uma produção pecuária industrializada e ecologicamente insustentável.
(Rebelión - www.rebelion. org)

**Mike Davis - é professor de história na Universidade da California (UCI), e autor de "O Monstro na Nossa Porta: a Ameaça Global da Gripe Aviária".

Tradução: Igor Ojeda
Enviado por: "Nélio Cunha Mello"


terça-feira, 12 de maio de 2009

O brasileiro

* Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade...
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.
* Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.
Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.
* Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.
Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
* Brasileiro é um povo honesto. Mentira.
Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.
* 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.
Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da
Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.
* O Brasil é um pais democrático. Mentira.
Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso? Pense !

O famoso jeitinho brasileiro.
Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto.... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?? ?
Grande coisa...
O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro !?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.
Deus é brasileiro.
Puxa, essa eu não vou nem comentar...
O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.
Para finalizar tiro minha conclusão:

O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.
Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!

Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

FAÇA A SUA PARTE!!!!

Arnaldo Jabor

sexta-feira, 27 de março de 2009


NASA simula um desastre terráqueo em 2065

Guilherme Pavarin – INFO Online – 24/03/2009

Cientistas da NASA realizaram uma simulação de como a Terra reagiria se o CFC (clorofuorcarboneto) e outros contaminantes químicos continuassem sendo despejados na atmosfera pelos próximos anos.

O "ano do desastre" que representam por mapas e tabelas é 2065, explicam os pesquisadores. Dois terços do ozônio do planeta desapareceriam da superfície devido à liberação descontrolada dos gases danosos. Com o efeito, a proteção contra as radiações ultravioletas estaria absolutamente fragilizada, podendo causar uma queimadura forte em cinco minutos de exposição aos raios solares.

E isso não aconteceria apenas nas regiões dos pólos, sugere a NASA. Cidades como Washington, por exemplo, sofreriam conseqüências inenarráveis, como surtos de câncer de pele e extinção de plantas e animais, caso os 191 países reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) não mudem a política de contenção do CFC – presentes no cotidiano humano desde 1928, inicialmente, apenas em refrigerantes e sprays.

A simulação foi feita pela média anual de crescimento do índice de emissão de CFC e componentes na Terra: 3%. Assim, a NASA, com colaboração de outras instituições de pesquisa, simulou o que aconteceria com o globo no período de 1975 a 2065.

O resultado é que, em 2065, a quantidade global de ozônio caiu para 110 DU (Unidades Dobson, usada para medir níveis do gás)., cerca de 67% a menos do que havia na década de 70.

A conclusão do estudo, quase óbvia, se trata de um alerta geral a chefes de estado, que devem buscar o mais rápido possível soluções práticas e também dar maior importância ao Protocolo de Montreal, o tratado em que as nações se propõem a substituir as substâncias nocivas por outras, vigente desde 1989.

 

 


MULHER

No princípio eu era a Eva
Criada para a felicidade de Adão 
Mais tarde fui Maria 
Dando à luz aquele
Que traria a salvação
Mas isso não bastaria 
Para eu encontrar perdão.
Passei a ser Amélia
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade 
Mas sonhava com a igualdade. 
Muito tempo depois decidi: 
Não dá mais! 
Quero minha dignidade 
Tenho meus ideais!
Hoje não sou só esposa ou filha
Sou pai, mãe, arrimo de família
Sou caminhoneira, taxista, 
Pilota de avião, policial feminina, 
Operária em construção... 
Ao mundo peço licença
Para atuar onde quiser 
Meu sobrenome é COMPETÊNCIA
E meu nome é MULHER!!!! 
(Autora  Desconhecida)

 

 

sexta-feira, 20 de março de 2009

Educação ambiental para desenvolvimento de uma sociedade sustentável

Sem dúvida, tudo indica que estamos em um ponto crítico da história da humanidade

Berenice Gehlen Adams

Uma criança com sede abre a geladeira e vê uma jarra d''água e uma garrafa de refrigerante. Qual será a sua escolha? A maioria das crianças optará pelo refrigerante. Isso por que nossos pequenos não têm a habilidade de escolher pela qualidade. Então, o que nós adultos podemos fazer é melhorar a qualidade daquilo que oferecemos às crianças, não somente em termos de alimentação, como também em relação aos diferentes produtos que adquirimos, e quanto mais cedo tivermos esse cuidado, melhor, pois estaremos educando-as para a sustentabilidade ambiental.

Sem dúvida, tudo indica que estamos em um ponto crítico da história da humanidade. Se continuarmos com as mesmas posturas e atitudes, os prognósticos são avassaladores em termos de extinção de espécies, desmatamento, qualidade da água, superpopulação e aquecimento global. "A busca de um novo paradigma civilizatório é condição de nossa sobrevivência como espécie", alerta-nos o teólogo brasileiro, escritor e professor universitário Leonardo Boff. 

Dentro deste contexto é que a educação ambiental assume papel crucial para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável, que seja capaz de viver de forma que não se esgotem os recursos naturais. Porém, é preciso sensibilizar para que possa ocorrer a conscientização coletiva em relação ao meio ambiente, tão necessária e desejada, e esta conscientização não deve ser trabalhada somente a partir de situações catastróficas, que mais imobilizam do que incentivam mudanças de postura, e sim, pela promoção de uma visão sistêmica que inclui o respeito por todos os seres com os quais compartilhamos a vida na Terra. 

Nesse sentido, a Carta da Terra é um documento socioambiental fundamental, elaborado por centenas de pessoas de quase todas as partes do mundo, apresentando as reais necessidades do nosso planeta. Este documento enfoca a visão de que tudo está entrelaçado, como uma enorme teia, formando uma imensa rede de conexões, possibilitando uma reflexão coletiva para a melhoria da qualidade de vida no mundo todo.

Desde sempre, fomos educados para enxergar o meio ambiente como um grande armazém de utilidades, onde dele extraímos matéria-prima para produção e consumo. A forma como fomos (e ainda somos) educados, de maneira fragmentada, competitiva, acaba formando uma sociedade que não se percebe como parte do meio ambiente. É como se o ambiente fosse algo fora de nós, que existe para nos servir, e não percebemos que somos seres interdependentes, todos dependentes de um grande sistema vivo que se chama Terra. Somente um trabalho educacional que desenvolva nas pessoas uma visão sistêmica colabora para que tenhamos um olhar mais abrangente. É este olhar que deve ser modificado em nossa atual sociedade, principalmente dentro dos sistemas educacionais.

A educação ambiental é uma prática educacional que pretende ampliar o foco dos sistemas educacionais, (sejam estes formais ou não formais) para relacionar as ações culturais com o meio ambiente, ou seja, trata-se de um processo de ensino que leva em conta a vida em seu amplo contexto.

Para que a educação ambiental possa ser inserida nos atuais sistemas educacionais formais, faz-se necessário o desenvolvimento de novos programas de ensino que propiciem práticas interdisciplinares e sensibilizadoras, que permitam, tanto ao corpo docente quanto aos alunos, um contato abrangente com os sentidos para ampliar a percepção que se tem sobre o ambiente. 

Nesse sentido, é possível apontar o empenho do Grupo Educacional Expoente, de Curitiba (PR), que inseriu em seu projeto pedagógico um programa focado na sustentabilidade ambiental e no consumo consciente, chamado "Por um mundo Melhor". Essa temática permeará todas as atividades pedagógicas a se realizarem nos próximos dois anos. Conforme o diretor-geral da instituição, Armindo Angerer, "a escolha desse tema foi resultado de ampla pesquisa e de profunda reflexão. 

O momento em que vivemos exige que trabalhemos com nossas crianças de forma crítica e inovadora". A temática estará presente no material didático, nas agendas escolares, em materiais complementares e em materiais de apoio para docentes, evidenciando o compromisso com a sustentabilidade ambiental.

quarta-feira, 11 de março de 2009