terça-feira, 26 de outubro de 2010

Mas se não possuímos fazendas na Amazônia como podemos contribuir para regeneração ou degradação daquele cenário?

Hoje pela manhã, por acaso, assistíamos o Globo Rural, preparando o suco de clorofila com sementes germinadas do desjejum. Curiosamente o tema era iniciativas de regeneração das nascentes do Rio Xingu.

Fruto do tempo em que o governo incentivava o desmatamento para o crescimento das lavouras, as florestas devastadas resultaram no assoreamento das nascentes e na contaminação das águas. Hoje em dia o desmatamento irregular é passível de multa e interdição das terras e o mercado verde germina como ferramenta no cenário ambiental.

Os herdeiros da cultura da devastação resistem bravamente à gestão ambiental das suas propriedades, tendo como contraponto o movimento de proprietários que se organizam para viver a nova realidade legal, atenta a regeneração da Terra.

Mas se não possuímos fazendas na Amazônia como podemos contribuir para regeneração ou degradação daquele cenário?

Acredite, não somos inocentes. Cada um de nós já derrubou algumas daquelas árvores. Nesse momento elas podem estar dentro das nossas casas, em forma de sapatos, tênis, bolsas e acessórios de couro, congeladas no freezer, embalada no saquinho de leite, na caixinha de bebida de soja, no shampoo de origem animal ou mesmo na agenda em forma de registro de almoço de trabalho da semana,...

Desconfortável pensar nisso, não é mesmo?

Refletir sobre a origem e os impactos ambientais daquilo que consumimos, nos torna conscientes da qualidade da contribuição que podemos dar na regeneração da Terra.

A legislação ambiental é de suma importância, as técnicas de controle do governo também são, acreditar que as crianças vão cuidar de tudo no futuro é uma possibilidade.

São nossas escolhas cotidianas mais simples que nos fazem co-criadores de um mundo mais verde, saudável e feliz.

Juliana Malhardes
www.culinariaviva.com



"Somos Terra, que abraça, ama, sente e cuida". Boff